Ileana Maria Magno Kwasinski nasceu em Curitiba, Paraná, no dia 20 de junho de 1940. Estreou como atriz em 1963 na montagem de Um Elefante no Caos, de Millôr Fernandes, e formou-se em 1968 no Teatro Guaíra. Depois de trabalhar em várias montagens no Teatro de Comédia do Paraná, migrou para São Paulo em 1969, para participar do coro de Galileu Galilei, de Bertolt Brecht, montagem do Teatro Oficina, onde seu então marido, Cláudio Corrêa e Castro, interpretou o protagonista. Nos anos subsequentes trabalhou em Um Inimigo do Povo, de Henrik Ibsen, em 1969, e A Vida Escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato, de Bráulio Pedroso, em 1970. Em 1972, integrou o elenco de A Capital Federal, de Artur Azevedo, com direção de Flávio Rangel e em 1974, juntamente com Jandira Martini, Ney Latorraca, Eliana Rocha, Vicente Tuttoilmondo e Francarlos Reis, fundou a Royal Bexiga's Company, grupo onde foram montados os espetáculos O Que Você Vai Ser Quando Crescer, em 1974, e Ai de Ti, Mata Hari, em 1976, ambos com direção de Silnei Siqueira. Em 1977 participou de Um Ponto de Luz, com texto e direção de Fauzi Arap e Bodas de Papel, de Maria Adelaide Amaral, com direção de Cecil Thiré, um grande sucesso. Se destacou novamente em 1982, na peça O Jardim das Cerejeiras, de Anton Tchekhov, sob a direção de Jorge Takla. No mesmo ano, integrou o elenco de Morte Acidental de Um Anarquista, de Dario Fo, montagem da Companhia Estável de Repertório – CER, criada por Antonio Fagundes. Em 1984 participou das peças O Purgatório, de Mario Prata, e Com a Pulga Atrás da Orelha, vaudeville de Georges Feydeau. Sua presença intensa e magnética expressão corporal encontram no solo Depois do Expediente, escrito por Franz Xaver Kroetz, com direção de Francisco Medeiros, o veículo ideal para um grande exercício de expressão. Sem proferir sequer uma palavra em cena, sua interpretação rendeu-lhe prêmios e prestígio. Seguiram participações no drama A Cerimônia do Adeus, de Mauro Rasi, com direção de Ulysses Cruz e a comédia Trair e Coçar É Só Começar, de Marcos Caruso. Em 1991, ao lado de Regina Duarte, integrou o elenco exclusivamente feminino de A Vida É Sonho, de Calderón de la Barca, encenada por Gabriel Villela, que lhe rendeu os prêmios Shell e Apetesp de melhor atriz. Em 1993, foi a vez de Seis Graus de Separação, de John Guare, novamente sob a direção de Jorge Takla. O último trabalho de Ileana no teatro foi O Médico e o Monstro, de Georg Osterman, direção de Marco Nanini, ao lado de Ney Latorraca, em 1994. Na televisão, seu primeiro trabalho foi na novela O Todo Poderoso, na TV Bandeirantes em 1979. Ainda na TV Bandeirantes, participou da novela Sabor de Mel, de Jorge Andrade, em 1983 e na minissérie Chapadão do Bugre, em 1988. No SBT, integrou o elenco das novelas Uma Esperança no Ar (1985) e Brasileiros e Brasileiras (1990). Na TV Globo, atuou na minissérie Memórias de Um Gigolô (1986) e na novela Sassaricando, escrita por Silvio de Abreu em 1987. Ileana kwasinski morreu em São Paulo, no dia 8 de abril de 1995, aos 54 anos de idade, em decorrência de um câncer, detectado em 1993.