Roteirista e diretor baiano, nascido em Afrânio Peixoto em 1940, estreou no cinema como assistente de Roberto Pires em Tocaia no asfalto (1962). Antes, participou ativamente da vida cultural de Salvador, na Escola de Teatro da Bahia, no Centro Popular de Cultura e escrevendo críticas de cinema e dirigindo teatro. Mudou-se para o Rio de Janeiro no fim dos anos 1960, quando realizou seu primeiro longa-metragem, A construção da morte (1969). Associado a Jorge Bodanzky fez uma mistura de reportagem e ficção em Iracema, uma transa amazônica (1974) e em Gitirana (1976), antes de realizar Diamante bruto (1977). Escreveu roteiros para Hector Babenco (O rei da noite, 1975), Geraldo Sarno (Coronel Delmiro Gouveia, 1977) e Ruy Guerra (Ópera do malandro, 1985). Em 1988, em codireção com o cubano Santiago Alvarez fez o documentário BrasCuba e, no início dos anos 1990, iniciou longa temporada em Cuba, trabalhando como professor e diretor da Escola Internacional de Cinema e TV de San Antonio de Los Baños. Depois de uma temporada em Fortaleza como professor do Instituto Dragão do Mar, foi subsecretário de Audiovisual da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, no governo Benedita da Silva. Mais recentemente, foi consultor de roteiro do filme Glauber, o filme – Labirinto do Brasil (2004), de Silvio Tendler. Em 2003 assumiu o posto de Secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura e em 2007, o de diretor geral da Empresa Brasil de Comunicação, coordenando o desenvolvimento da TV Brasil, o novo canal de televisão pública do país, cargo que deixou em junho de 2008.